sexta-feira, 5 de março de 2010

Wonderland.

Pergunto-me se sabes porque é que um corvo é parecido com uma secretária? Eu não faço a redonda ideia, concerteza ninguém saberá. E pergunto-me se sabes o que quer dizer uma nuvem? Uma nuvem umas vezes, pode querer significar chuva, outras vezes bom tempo. E mais me pergunto, se saberás porque o meu blog se intitula de Pink World? Será porque é realmente la vie on rose? Será porque só escrevo acerca de coisas bonitas e encantadas como os rechonchudos contos de fada? Ou antes pelo contrário, significa tal como a nuvem? Precisamente. Não é de todo encantado, nem de extremo negro triste. É apenas o meu espaço, o meu desabafo comigo mesma. E sabe tão bem poder desabafar assim. Aqui é como se fosse a minha Wonderland, ligeiramente distorcida. Posso andar de pés colados ao tecto, com os cabelos pendurados pela gravidade, posso encolher, posso crescer. Posso sonhar ou acordar com um beliscão. Posso ser delirantemente insana. Posso ser cruelmente realista. Consigo ver paisagens lindas ou outras menos claras. E mais importante, posso sonhar. Ou então chorar a dura realidade. Mas a verdade é que pouco importa se o que escrevo faz sentido. De nada interessa se é real. São pensamentos. E se tiverem um pequeno gosto a impossível? A loucura? A verdade? Não é o medo da loucura que me forçará a largar a bandeira da imaginação. Disse uma vez alguém que as coisas mais belas são ditadas pela loucura e escritas pela razão. Tão bem que sabe. Escrever. Oh, é a minha libertação. É o meu "nada é impossivel". País das maravilhas? Talvez! Porque na escrita consigo fotocopiar-me para de seguida reinventar-me na maneira como os meus olhos me projectam em dada altura. Não há maneira de saber o significado do meu blog. Da mesma forma que não há maneira de saber quantas estrelas brilham no céu. Deixem os loucos serem loucos, porque quem vive sem uma pitada de loucura não é tão sensato quanto pensa. E quiça a minha loucura passe por aqui, por este blog. A loucura de querer espelhar a minha alma. De a querer escrever, entender, curar, libertar.


Por tal, estarei eu a ficar louca?

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